sobre o evento
Preservar e valorizar o patrimônio arquitetônico moderno:
o papel das instituições públicas e agentes privados
A conservação da arquitetura e urbanismo modernos representa um desafio que transcende as fronteiras entre políticas públicas e interesses privados. Envolvendo questões técnicas, estéticas, sociais, econômicas e políticas, este tema suscita reflexões críticas sobre como equilibrar tais interesses em prol da preservação do patrimônio moderno.
Diante desse cenário, é de extrema relevância analisar as políticas, instituições e agentes existentes voltados para a proteção do patrimônio moderno. Conselhos de preservação, legislações de proteção, incentivos fiscais e programas de financiamento desempenham um importante papel na promoção da conservação.
Inserido neste debate, o enfrentamento na aplicação dessas políticas e no pós-tombamento, após o reconhecimento de estruturas modernas como patrimônio, representa alguns dos desafios relacionados a novos usos, manutenção e conservação. Este enfrentamento está relacionado a deterioração física, mudanças de contexto urbano e pressões econômicas, como desafios para garantir a integridade desses locais históricos.
Para além de debater as formas de registro e proteção como possibilidades de documentação e conservação estática, pretende-se também abordar iniciativas e ações de educação, engajamento comunitário e programas de novos usos, buscando refletir sobre a promoção e manutenção de usos e da vitalidade desses espaços e edifícios na sociedade contemporânea.
As formas de intervenção desempenham um papel significativo neste debate, ao contrastar abordagens tradicionais de restauro com métodos contemporâneos de intervenção, é possível avaliar os impactos culturais, ambientais e econômicos dessas intervenções, e a interpretação da autenticidade e integridade do patrimônio moderno ao adotar tais abordagens.
Além de textos que analisem e documentem obras e conjuntos modernos, esperamos receber trabalhos que reflitam sobre os temas de políticas públicas e instrumentos de preservação do patrimônio moderno; que analisem criticamente a atuação de conselhos e órgãos de preservação, incluindo a problemática de enfrentamento pós-tombamento; que problematizem a atuação de agentes privados para a preservação/destruição do patrimônio moderno.